O Clâ dos Dragões (Terras de Neve e Gelo 1), Ilkka Auer

ISBN-13: 9788582350935
ISBN-10: 8582350937
Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: Gutenberg

Sinopse: Nos tempos antigos, o reino de Noridium era governado pelos temíveis Dragões Negros. Durante séculos, na fria região de Caldia, circularam lendas sobre a Bruxa do Gelo, que seria a descendente cruel e imortal dessas criaturas. Porém, essas lendas se tornarão realidade para a adolescente Nonna e para seu protetor, o urso polar de estimação Fenris. Depois de ver sua aldeia atacada e destruída, ela é forçada a deixar sua casa e sua vida para trás. Os rumores de que os deuses antigos voltaram à Terra aumentam a cada dia, e tudo começa a mudar. O grande temor é que o Clã dos Dragões recupere seu domínio. Nonna se vê, então, em meio a uma luta pelo poder, e ameaçada por um grande mal. Ao procurar defender-se, descobre mais sobre seus ancestrais, mas percebe que está mais envolvida com o futuro do reino do que poderia imaginar.

Sabe aqueles livros que você começa a ler, acha a história boa, mas a leitura custa a fluir? No meu caso isso aconteceu pela primeira vez com O Clã dos Dragões. Algumas pessoas teriam abandonado o livro, mas ainda bem que eu sou uma pessoa persistente. Ainda bem!
Nonna, a protagonista da história é uma menina de 11 anos que vê sua vida mudar completamente depois que o reino onde ela vivia, Bariadia, é invadido e ela é sequestrada. Seu urso do gelo de estimação e guardião, Fenris, sente que alguma coisa de ruim está acontecendo e parte em busca da menina.
Após a fuga do cativeiro uma série de eventos ocorre, nos quais Nonna descobre mais sobre si mesma e sobre seus antepassados. Na jornada dela e de seu inseparável amigo Fenris, conhecemos personagens que, por mais que não pareça à primeira vista, são importantes para a história e não são meros personagens secundários. 
Talvez por ser do mesmo gênero de literatura, o autor parece ter se inspirado nos livros de J. R. R. Tolkien. Mas O Clã dos Dragões não é um daqueles livros que, ao se inspirar em outro do mesmo gênero, se tornam meras cópias mal feitas de obras primas. Ao contrário, a inspiração a que me refiro é na forma como o autor descreve os locais pelos quais a personagem principal passa e no fato de que, assim como nos livros do Tolkien, há uma mitologia que é importante para o desenvolvimento da história. A descrição de Ilkka Auer é (como a de Tolkien) tão cuidadosa que fica até difícil de voltar para a realidade depois que você termina de ler. Um ponto muito positivo do livro, e que ajuda muito a compreender a história, é que no final há alguns anexos explicando sobre a mitologia, sobre as criaturas, quem são os personagens, quais são os locais descritos na história e sobre o calendário.
O livro é muito dinâmico, só nas primeiras oitenta páginas se passa um ano sem que a gente perceba. Acho que foi isso que me fez ter um pouco de dificuldade com o livro no início, principalmente porque algumas coisas acontecem tão rápido que fica difícil entender como aquilo vai ser importante para a história. Mas, confiem em mim, por mais insignificantes que alguns fatos pareçam, eles são sim importantes. 
O fim do livro não é um fim que eu definiria como empolgante, mas é exatamente esse o ponto positivo dele, pois nos deixa loucos para ler a continuação dessa história. O Clã dos Dragões é um livro bom, mas acho que nos próximos livros da série Terras de Neve e Gelo veremos mais o potencial do autor. 

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